domingo, 30 de maio de 2010

Preguicinha boa

Adoro esta preguiça do domingo de manhã. Ficar na cama de bobeira, tomar café da manhã gordinho, correr de levinho mais tarde. Depois vou à feira comprar frutas, verduras, e aproveito para levar o Zucker, que adora aquela confusão de gente e outros cachorrinhos. Sou daquele tipo de pessoa que acha que sempre se deve estar fazendo alguma coisa útil quando não se está dormindo. Menos no domingo de manhã. Aí, aperto o "pause" e curto essa moleza gostosa de quem não quer saber de horários ou compromissos. Por falar nisso, faltam apenas seis domingos para a maratona. O sétimo já será o grande dia. Frio na barriga!

Dica de corrida: Quer correr no domingão para queimar as calorias do fim de semana? Cuidado apenas com o horário, pois o ar pode estar seco demais ou o sol muito forte. Fazer exercícios nessas condições não vai te fazer bem algum. Então, se não conseguiu mesmo sair de casa mais cedo, deixe para correr de tardinha, quando o clima costuma estar mais ameno.

domingo, 23 de maio de 2010

Tá ficando bom!

Estou a cada dia mais empolgada com os treinos! Percorrer os 24 km de ontem já foi mais tranquilo do que os 22 do sábado anterior. Sinal de que o treinamento está surtindo efeito. Nos próximos dois meses meu foco será mesmo a maratona. Quanto mais eu corro, mais penso nos treinos, falo sobre os treinos, me planejo em função dos treinos. Não tem problema, não vou virar uma maníaca das corridas, é só uma fase que tem data pra terminar. Por isso mesmo, esta é a hora de curtir ao máximo este momento. Ai, dá um frio na barriga só de imaginar a largada...

Dica de corrida: Anda com preguiça de correr, especialmente neste friozinho? Arrume um bom motivo para continuar: increva-se numa prova, estabeleça como meta uma distância que nunca percorreu ou um tempo abaixo do seu normal. Outra dica é variar o percurso, conhecer novos trajetos, mudar o terreno. Tudo isso ajuda a quebrar a monotonia e dá ânimo para seguir em frente. É isso aí, motivação!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Não é mole não

O frio chegou. E por mais que não goste daquela propaganda da Brahma, devo admitir que pra ser atleta, é preciso ser guerreiro. Levantar às 5h30 da matina, num frio de uns 10º, pra ficar correndo num Ibirapuera mais gelado ainda não é brincadeira não. Só que a oito semanas da maratona não há outra opção, só me resta treinar. E muito. Aliás, descobri que a grande dificuldade da preparação para a maratona não são os longões do sábado, em que percorremos de 18 a 32 quilômetros. O mais desgastante é correr tudo isso e no dia seguinte fazer um regenerativo, dois dias depois ter um treino de intensidade e ainda mais um na semana para, então, fazer o próximo longo. Ou seja, difícil mesmo é suportar durante 10 semanas esse volume todo, que é o grande responsável por preparar a musculatura e as articulações para surportar 42 km de uma tacada só. Também, ninguém disse que seria fácil.

Dica de corrida: A corrida pede exercícios complementares para fortalecimento muscular, em outras palavras, é muito bom correr no parque, mas não dá pra fugir da sala de musculação. Converse com o instrutor da academia, explique seus objetivos na corrida, para que ele elabore o treino adequado. Suas articulações agradecem. Sem falar que um corpinho malhado é sempre bem-vindo, né? 

segunda-feira, 10 de maio de 2010

De grão em grão

Uma das lições que espero aprender me preparando para a maratona é viver um dia de cada vez. É que hoje vivo por metas e não é só no trabalho, não. Funciono assim: vou viajar no carnaval, então, ligo o piloto automático, cumpro minhas obrigações sem me preocupar muito se estou bem ou não, mas sempre esperando aquele momento em que serei feliz. Aí, esses dias também se vão como num piscar de olhos, mal vejo o tempo passar e, quando me dou conta, já acabou. Depois, vem a nostalgia e a incredulidade, mas que logo se transformam em uma nova meta, deixe-me ver... O aniversário de casamento no feriado de 21 de abril! E o ciclo se reinicia. Todo mundo diz que não é assim que se deve fazer, que isso só gera angústia e ansiedade. Todo mundo diz isso, mas para onde olho só encontro gente com bruxismo, coluna travada, gastrite, enxaqueca, enfim, os males que acometem as pessoas da minha idade.
E o que é que a maratona tem a ver com isso? É que nunca conseguirei completar os 42 Km sem passar pelos treinos de 18, 22, 25, 28, 32... E cada um deles exigirá preparação, concentração, força de vontade. Não dá pra simplesmente impor a meta da maratona e seguir feito um robô rumo a esse dia. Vou ter que dar atenção a cada etapa ou a prova em si será um fiasco... E desconfio que em tudo mais na vida seja mais ou menos assim também.

Dica de corrida: Aqui em São Paulo já está fazendo frio. E se onde você está também, fique atento à proteção correta. Se for correr na rua, agasalhe-se bem, nem que seja para ir tirando as peças aos poucos. Preocupe-se com as extremidades do corpo, onde a circulação sanguínea fica prejudicada com a corrida em baixas temperaturas. Luvas e gorro são muito importantes. E, claro, dê ainda mais atenção ao aquecimento antes de acelerar o passo. Ah, outra dica importante é deixar uma toalha e uma camiseta sequinha no carro para se trocar antes da volta pra casa. No mais, desejo coragem pra nós!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Astral infernal

Do jeito que as coisas andam, estou achando que o inferno astral se estende mais um pouco a cada década vivida. Para mim, essa seria a única explicação possível para as últimas semanas. Resolvi, então, recorrer ao grande oráculo Google para saber quais explicações para esta fase ele me apresentaria. Terceiro na lista de links, o site Astrológica me trouxe um texto que caiu como uma luva para o que estou sentindo.
"(...) Pois bem, repararam que estamos falando de um período que precede um começo? Ora, o aniversário não é um começo? O aniversário é uma repetição do ciclo do Sol, que chega exatamente ao ponto em que estava no momento em que nascemos. (...) Se o inferno astral precede o reinício do ciclo solar, isso quer dizer que ele é o final de um ciclo, concordam? Muito bem, reparem, e isso é comum na tradição astrológica, como todos os finais de ciclos são desgastantes, às vezes tristes, outras vezes cheios de ansiedade.(...) São finais e, ao mesmo tempo, fases preparatórias para o recomeço. Toda fase preparatória é difícil, pois estamos aprendendo a lidar com coisas ainda latentes que vão-se apresentando à nossa consciência para serem trabalhadas e operacionalizadas."
Então, 'bora curtir a fossa, que depois dessas palavras me sinto até no direito de me afogar numa panela de brigadeiro. Hummm...

Dica de corrida: Vai queimar as calorias do brigadeiro fazendo aquele longão? Nesse caso é ainda mais importante ter atenção ao tênis escolhido. Marcas conhecidas no Brasil como Asics e Mizuno fazem ótimos modelos, mas não são as únicas boas opções do mercado. Brooks e Saucony são marcas prestigiadas pelos corredores americanos, mas ainda pouco conhecidas por aqui. É que elas fabricam apenas tênis para corrida e investem muito mais no marketing direto, do que em propaganda. Experimentei um modelo do Saucony no ano passado e fiquei muito satisfeita, tanto que ao escolher o meu par para a maratona optei pela mesma fabricante, mas com upgrade no modelo. Comprei um Saucony Hurricane, próprio para pronadores como eu, e estou achando sensacional. Confortável, estruturado e macio, mas sem exageros. Com tantas opções no mercado, vale a pena experimentar.

sábado, 1 de maio de 2010

Bons companheiros

Há quem diga que a corrida é um esporte solitário. E é mesmo, para quem prefere assim. Também comecei correndo sozinha, mas me adaptei muito bem quando aderi a uma assessoria esportiva. Correr com um grupo não significa ter alguém do seu lado o tempo todo, nem ter que seguir o ritmo de outras pessoas. Você decide se quer companhia, se quer disparar à frente dos outros ou se prefere ficar na sua atrás. Mas além do acompanhamento profissional, que considero importantíssimo quando começamos a participar de provas de meia distância, o bacana é o quanto esses grupos são ecléticos. Há gente de todas as idades, profissiões, condições financeiras. Pessoas que jamais conheceria se não nos encontrássemos no esporte. Nos treinos de terça e quinta, por exemplo, costumo correr no mesmo ritmo que um profissional da área administrativa, que vai sempre aos Estados Unidos a trabalho, e uma empregada doméstica, com dois filhos pré-adolescentes, que pega o ônibus às 5h da manhã para chegar ao Ibirapuera a tempo. Conversamos sobre tudo, mas a nossa amizade é movida à emoção do esporte, à empolgação, à superação. Vibramos juntos e, naquele momento, só aquilo importa. Esquecemos das outras atividades que definem nossos lugares na vida social. Ali, somos apenas atletas.

Dica de corrida: Por falar em companhia, nunca se esqueça de seu companheiro de todas as horas de corrida, o tênis. A escolha do melhor modelo para você é fundamental para proteger a musculatura e as articulações, evitando lesões. Primeiro, é importante você conhecer seu tipo de pisada - neutra, pronada ou supinada. Algumas lojas de esportes, como a Centauro e a Velocità, têm equipamentos próprios para a avaliação da pisada. Peça para fazer o teste. A partir daí, pergunte ao vendedor quais os modelos indicados para seus objetivos  (se você corre percursos de até 10 Km, pode optar por modelos mais leves, mas menos resistentes; se percorre volumes maiores, precisará de um modelo mais estruturado). Outra dica importante é ter dois pares de tênis. É que o amortecedor do calçado precisa de tempo para voltar a seu formato original. Então, o ideal é alternar os pares a cada treino. E lembre-se, mesmo que seus companheiros ainda estejam com cara de novinhos, eles podem já estar velhos para o esporte. Siga as orientações do fabricante quanto à durabilidade do sistema de amortecimento. Deixe esse tênis apenas para a academia e compre um novinho em folha para voar baixo.